Teste caseiro à S1000XR
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Teste caseiro à S1000XR
Mais uma vez a Motomil, enquanto a minha RT fazia um upgrade, teve a gentileza de me emprestar uma “motinha” para eu poder dar um passeio no fim-de-semana.
Desta vez a eleita foi a novíssima S1000XR.
Como combinado com o Filipe Guerreiro, na 6ª feira de manhã troquei de mota no Feijó e vim para Lisboa trabalhar.
Nesse dia, infelizmente, só consegui sair do escritório, já tarde, pelo que me limitei a seguir para casa no final do dia.
Quase nem tive tempo para olhar para a mota.
No Sábado, bem cedo, aproveitando o Passeio do BMW MC aos, Pinhais do Zêzere, segui com ela para o centro do país, em direcção à Pampilhosa da Serra.
Na 2ª feira, às 8:15h, lá estava eu, outra vez no Feijó, às portas da Motomil, a entregar a mota ao Ricardo Antunes.
O fim de semana, tinha sido bem ao meu gosto!!
O meu filho mais novo só andou à pendura, mas também gostou!!
Aqui ficam as minhas impressões sobre a S1000XR:
Antes de mais, a mota impressiona pela imponência e pelo seu design frontal, a fazer lembrar a S1000RR.
É uma mota alta que, mesmo parada, sobressai pelo seu porte e estética apelativa.
Olhando a toda a volta, as bainhas da suspensão dianteira douradas, as bonitas jantes de 17’ pretas, os enormes radiadores frontais, o vidro dianteiro com duas posições, a envolvente carenagem do motor e do depósito, as protecções dos punhos, o esbelto banco em dois andares, o sofisticado e original braço oscilante, a panela de escape da Akrapovic, com detalhes em kevlar, e a esguia traseira, não deixam ninguém indiferente.
Desta vez a eleita foi a novíssima S1000XR.
Como combinado com o Filipe Guerreiro, na 6ª feira de manhã troquei de mota no Feijó e vim para Lisboa trabalhar.
Nesse dia, infelizmente, só consegui sair do escritório, já tarde, pelo que me limitei a seguir para casa no final do dia.
Quase nem tive tempo para olhar para a mota.
No Sábado, bem cedo, aproveitando o Passeio do BMW MC aos, Pinhais do Zêzere, segui com ela para o centro do país, em direcção à Pampilhosa da Serra.
Na 2ª feira, às 8:15h, lá estava eu, outra vez no Feijó, às portas da Motomil, a entregar a mota ao Ricardo Antunes.
O fim de semana, tinha sido bem ao meu gosto!!
O meu filho mais novo só andou à pendura, mas também gostou!!
Aqui ficam as minhas impressões sobre a S1000XR:
Antes de mais, a mota impressiona pela imponência e pelo seu design frontal, a fazer lembrar a S1000RR.
É uma mota alta que, mesmo parada, sobressai pelo seu porte e estética apelativa.
Olhando a toda a volta, as bainhas da suspensão dianteira douradas, as bonitas jantes de 17’ pretas, os enormes radiadores frontais, o vidro dianteiro com duas posições, a envolvente carenagem do motor e do depósito, as protecções dos punhos, o esbelto banco em dois andares, o sofisticado e original braço oscilante, a panela de escape da Akrapovic, com detalhes em kevlar, e a esguia traseira, não deixam ninguém indiferente.
Última edição por JoseMorgado em 02 jul 2015 13:01, editado 1 vez no total.
José Morgado
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Re: Teste caseiro à S1000XR
O mota que experimentei tinha montado o “Pack Touring” que, entre outras “coisas”, tem incluídos os suportes das malas laterais que, quando estas não estão colocadas, como era o caso, “desfigura” grandemente o estilo “clean” da traseira.
Já a base do top case, que também está incluído neste pacote, fica muito bem integrado entre as pegas do passageiro.
Nas aldeias de xisto por onde andei, e apesar de estar rodeada de K’s 1600GT e GTL Exclusive, LT’s, GSA’s-LC, RT’s LC, etc, etc, era na S1000XR, que as pessoas se queriam sentar para tirar fotografias!!
O Presidente também gostou!!
Também, quando ligava o motor, o som dos 4 cilindros em linha, transversais, que saía do Akrapovic, virava as cabeças todas na minha direcção.
Ninguém estava à espera de ouvir, o rugido acelerado de um motor de pista, numa mota com aspecto de trail.
O ADN de origem deste modelo, estava, desde o início, bem patente.
Quando me sentei na mota, e apesar da altura considerável a que estamos do chão, a sensação que tive foi de leveza e maneabilidade, fruto do bom posicionamento e largura do guiador, e dos bem esculpidos, banco e base do depósito, que encaixam na perfeição entre as pernas.
Parecia que estava sentado ao volante de uma GS, com o cantar de uma RR!
Já a base do top case, que também está incluído neste pacote, fica muito bem integrado entre as pegas do passageiro.
Nas aldeias de xisto por onde andei, e apesar de estar rodeada de K’s 1600GT e GTL Exclusive, LT’s, GSA’s-LC, RT’s LC, etc, etc, era na S1000XR, que as pessoas se queriam sentar para tirar fotografias!!
O Presidente também gostou!!
Também, quando ligava o motor, o som dos 4 cilindros em linha, transversais, que saía do Akrapovic, virava as cabeças todas na minha direcção.
Ninguém estava à espera de ouvir, o rugido acelerado de um motor de pista, numa mota com aspecto de trail.
O ADN de origem deste modelo, estava, desde o início, bem patente.
Quando me sentei na mota, e apesar da altura considerável a que estamos do chão, a sensação que tive foi de leveza e maneabilidade, fruto do bom posicionamento e largura do guiador, e dos bem esculpidos, banco e base do depósito, que encaixam na perfeição entre as pernas.
Parecia que estava sentado ao volante de uma GS, com o cantar de uma RR!
José Morgado
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- JoseMorgado
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Re: Teste caseiro à S1000XR
Quando se começa a rolar, a primeira coisa que se nota, é uma grande vontade própria da mota em avançar rápido.
Temos de ter algum controlo no acelerador, pois, qualquer pequena solicitação provoca, imediatamente, uma descarga brutal de potência e binário na roda traseira.
Claro que tudo isto está, no limite, controlado pelos sofisticados sistemas de controlo de tracção existentes, mas é sempre, um disparo de “canhão” impressionante.
A caixa de velocidades, com o sistema quick shift da BMW, “Gear Shift Assist Pro”, é de uma eficiência e suavidade extraordinária.
A embraiagem, que apenas é necessária para arrancar e parar, foi por mim imediatamente esquecida.
Em arranques rápidos, a sequência é tão vertiginosa que, em poucos instantes, dei por mim a tentar encontrar a 7ª, pois as 6 disponíveis, já estavam ultrapassadas.
O ciclo começa com a engrenagem de uma velocidade, sempre com o acelerador aberto.
O motor sobe então de rotação, quase instantaneamente.
Quando a rotação pré-determinada é atingida, o avisador de mudança de velocidade acende, indicando a necessidade de dar mais um impulso ascendente no selector da caixa de velocidades.
Isto tudo, em fracções de segundos, sempre com acelerador aberto, sem qualquer perda de tempo.
A rotação a que acende a luz avisadora é configurável ao gosto de cada utilizador. A minha estava nas 9.000 rpm.
Nas reduções, a sequência é ainda mais rápida, tornando-as muito eficazes no “abrandar” da mota, em poucos metros, sem descompensações e preparando-a para a saída, por exemplo, da curva.
Neste caso, o acelerador tem de estar sempre fechado e, para além de dar impulsos descendentes no selector, nada mais é necessário fazer.
Tudo se passa de forma rapidíssima e suave, sem nunca ter de me “cansar”, com a manete da embraiagem ou com o punho do acelerador.
Também em condução suave, por exemplo na cidade, no meio do trânsito, ou em passeio, o funcionamento é exemplar.
Eu, que já tinha experimentado este sistema na caixa do novo motor boxer LC, não quero outra coisa!!
Quando me esquecia, e utilizava o accionamento da embraiagem e acelerador, de forma “normal”, o sistema até parecia que não gostava muito.
O motor, derivado da S1000RR, agora com 160 cv, em vez dos 198 cv e com um binário semelhante, 112 Nm em vez dos 113 Nm, mas agora sempre disponível, desde as mais baixas rotações, foi para mim a maior surpresa, positiva claro, desta mota.
Para além do seu caracter brutal e amante das mais altas rotações, vai até às 13.500 rpm, de que eu já estava à espera, revelou uma dupla personalidade que permite, sem qualquer atrapalhação ou desconforto, andar em 6ª, entre as 2.500 rpm e as 3.000, ou seja, entre os 50 km/h e os 70 km/h e, a qualquer solicitação do acelerador, continuando em 6ª, fazer acelerações muito rápidas e confortáveis.
Por exemplo, em estrada sinuosa de montanha, se formos com uma postura calma, podemos fazer uma condução descontraída, mas rápida, sempre em 6ª, muito propicia a apreciar a paisagem e os “cheiros” da natureza envolvente.
Temos de ter algum controlo no acelerador, pois, qualquer pequena solicitação provoca, imediatamente, uma descarga brutal de potência e binário na roda traseira.
Claro que tudo isto está, no limite, controlado pelos sofisticados sistemas de controlo de tracção existentes, mas é sempre, um disparo de “canhão” impressionante.
A caixa de velocidades, com o sistema quick shift da BMW, “Gear Shift Assist Pro”, é de uma eficiência e suavidade extraordinária.
A embraiagem, que apenas é necessária para arrancar e parar, foi por mim imediatamente esquecida.
Em arranques rápidos, a sequência é tão vertiginosa que, em poucos instantes, dei por mim a tentar encontrar a 7ª, pois as 6 disponíveis, já estavam ultrapassadas.
O ciclo começa com a engrenagem de uma velocidade, sempre com o acelerador aberto.
O motor sobe então de rotação, quase instantaneamente.
Quando a rotação pré-determinada é atingida, o avisador de mudança de velocidade acende, indicando a necessidade de dar mais um impulso ascendente no selector da caixa de velocidades.
Isto tudo, em fracções de segundos, sempre com acelerador aberto, sem qualquer perda de tempo.
A rotação a que acende a luz avisadora é configurável ao gosto de cada utilizador. A minha estava nas 9.000 rpm.
Nas reduções, a sequência é ainda mais rápida, tornando-as muito eficazes no “abrandar” da mota, em poucos metros, sem descompensações e preparando-a para a saída, por exemplo, da curva.
Neste caso, o acelerador tem de estar sempre fechado e, para além de dar impulsos descendentes no selector, nada mais é necessário fazer.
Tudo se passa de forma rapidíssima e suave, sem nunca ter de me “cansar”, com a manete da embraiagem ou com o punho do acelerador.
Também em condução suave, por exemplo na cidade, no meio do trânsito, ou em passeio, o funcionamento é exemplar.
Eu, que já tinha experimentado este sistema na caixa do novo motor boxer LC, não quero outra coisa!!
Quando me esquecia, e utilizava o accionamento da embraiagem e acelerador, de forma “normal”, o sistema até parecia que não gostava muito.
O motor, derivado da S1000RR, agora com 160 cv, em vez dos 198 cv e com um binário semelhante, 112 Nm em vez dos 113 Nm, mas agora sempre disponível, desde as mais baixas rotações, foi para mim a maior surpresa, positiva claro, desta mota.
Para além do seu caracter brutal e amante das mais altas rotações, vai até às 13.500 rpm, de que eu já estava à espera, revelou uma dupla personalidade que permite, sem qualquer atrapalhação ou desconforto, andar em 6ª, entre as 2.500 rpm e as 3.000, ou seja, entre os 50 km/h e os 70 km/h e, a qualquer solicitação do acelerador, continuando em 6ª, fazer acelerações muito rápidas e confortáveis.
Por exemplo, em estrada sinuosa de montanha, se formos com uma postura calma, podemos fazer uma condução descontraída, mas rápida, sempre em 6ª, muito propicia a apreciar a paisagem e os “cheiros” da natureza envolvente.
Última edição por JoseMorgado em 30 jun 2015 12:45, editado 1 vez no total.
José Morgado
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Re: Teste caseiro à S1000XR
No meio de toda esta harmonia e sempre que, à saída de uma curva, se quiser ouvir o rugido do escape, mas sempre em 6ª, basta rodar o punho direito que, imediatamente, o motor sobe de rotação com toda a convicção e, ajudado pela excepcional ciclística, faz-nos procurar os limites da inclinação. Eu nunca os consegui encontrar.
Só posso dizer que, pelo prazer que nos dá, a condução desta XR é viciante.
De igual modo, tenho que realçar a qualidade da travagem que, sendo muito potente, ao nível de uma desportiva, é muito doseável e, com a ajuda do ABS, 2 discos de 320 mm, pinças de 4 pistões, montadas radialmente, tudo se mantem sempre sobre controlo.
Para esta sensação de confiança e controlo, muito contribui também o já referido, “Gear Shift Assist Pro”, que permite fazer reduções de caixa, suaves, precisas e rápidas, sem necessidade de qualquer manobra “desestabilizadora”, de embraiagem e toques de acelerador.
É tudo uma “delícia”!
Em curvas mais largas e rápidas, quando se “abusa” um bocadinho, e se dá gás, talvez pela altura da mota, ela mostra alguma tendência para se “levantar” e assim alargar um pouco a trajectória definida.
Neste caso, obriga a uma acção correctora no guiador ou no posicionamento do nosso corpo, mais para o centro da curva.
Esta tendência aparece de forma muito previsível, é de fácil correcção e só acontece quando se abusa.
O “problema”, é que esta mota convida a “abusos”…..
Ao nível de conforto, posso dizer que é semelhante a uma GS, sendo a sua posição de condução muito idêntica.
O vidro frontal, com regulação manual em duas posições possíveis, de fácil manuseamento, só com uma mão, em andamento, juntamente com a carenagem frontal e a protecção dos punhos, proporciona uma protecção aerodinâmica também semelhante à daquele modelo.
Não chega, no entanto, à excelência da minha RT.
Ao nível das pernas, a protecção também deverá ser semelhante à GS, pois a sua exposição ao vento é parecida. Com a temperatura que estava, cerca de 40 graus, só sentia calor por todos os lados.
Algumas das vibrações do motor, de “alta frequência”, são sentidas nas mãos, o que, nos percursos que fiz, nunca chegou a ser desagradável. Acredito que, em distâncias muito longas, principalmente se feitas em auto-estrada, elas venham a poder criar alguma dormência.
Só posso dizer que, pelo prazer que nos dá, a condução desta XR é viciante.
De igual modo, tenho que realçar a qualidade da travagem que, sendo muito potente, ao nível de uma desportiva, é muito doseável e, com a ajuda do ABS, 2 discos de 320 mm, pinças de 4 pistões, montadas radialmente, tudo se mantem sempre sobre controlo.
Para esta sensação de confiança e controlo, muito contribui também o já referido, “Gear Shift Assist Pro”, que permite fazer reduções de caixa, suaves, precisas e rápidas, sem necessidade de qualquer manobra “desestabilizadora”, de embraiagem e toques de acelerador.
É tudo uma “delícia”!
Em curvas mais largas e rápidas, quando se “abusa” um bocadinho, e se dá gás, talvez pela altura da mota, ela mostra alguma tendência para se “levantar” e assim alargar um pouco a trajectória definida.
Neste caso, obriga a uma acção correctora no guiador ou no posicionamento do nosso corpo, mais para o centro da curva.
Esta tendência aparece de forma muito previsível, é de fácil correcção e só acontece quando se abusa.
O “problema”, é que esta mota convida a “abusos”…..
Ao nível de conforto, posso dizer que é semelhante a uma GS, sendo a sua posição de condução muito idêntica.
O vidro frontal, com regulação manual em duas posições possíveis, de fácil manuseamento, só com uma mão, em andamento, juntamente com a carenagem frontal e a protecção dos punhos, proporciona uma protecção aerodinâmica também semelhante à daquele modelo.
Não chega, no entanto, à excelência da minha RT.
Ao nível das pernas, a protecção também deverá ser semelhante à GS, pois a sua exposição ao vento é parecida. Com a temperatura que estava, cerca de 40 graus, só sentia calor por todos os lados.
Algumas das vibrações do motor, de “alta frequência”, são sentidas nas mãos, o que, nos percursos que fiz, nunca chegou a ser desagradável. Acredito que, em distâncias muito longas, principalmente se feitas em auto-estrada, elas venham a poder criar alguma dormência.
José Morgado
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Re: Teste caseiro à S1000XR
A suspensão, “Dynamic Esa”, nos dois modos de amortecimento disponíveis, “Road” e “Dynamic”, é sempre rija, não tendo a opção “Confort”, transmitindo, em pisos mais degradados, as irregularidades ao nosso corpo.
No entanto, funciona muito bem quanto a desempenho dinâmico, permitindo travagens fortes, sem deformação acentuada da geometria dianteira da mota.
O banco é muito confortável e está desenhado para que, nas acelerações mais fortes, não nos deixe escorregar para trás.
A parte do banco reservada ao passageiro é larga e também confortável, mas está muito mais alta que a do condutor.
Fica como que num 1º andar, expondo o passageiro ao vento frontal.
As pegas do passageiro estão muito bem posicionadas, condição essencial para que o mesmo não fique facilmente para trás, nas acelerações!!
Como já referi, a mota que experimentei tina montado o “Pack Touring” que, para além dos suportes para as malas laterais e top case, também inclui, a suspensão “Dynamic Esa”, com os modos, “Road” e Dynamic”, cruise control, punhos aquecidos, pré-instalação para GPS Navigator V, com roda de comando no punho esquerdo que, à excepção da utilização desta última, também serve para o meu antigo Zumo 660, e descanso central.
Todos estes extras, proporcionam uma melhoria significativa na qualidade de utilização desta mota em viagens mais longas.
Para além daqueles, também estavam montados, piscas com led’s, luzes de condução diurna de led’s e luz de cruzamento automática.
Este pack de luzes é inútil em Portugal pois, apesar de os led’s de condução diurna terem bastante intensidade luminosa e serem bastante visíveis durante o dia, a sua utilização, em alternativa à luz de cruzamento, "médio", é ilegal em Portugal.
Também, o sistema de luz de cruzamento automático não pode ser por cá usado pois, enquanto é de dia, desliga os médios, ligando os led’s diurnos ou os mínimos, situação que não é permitida pela nossa legislação.
Em Portugal, todos os veículos de 2 rodas têm de circular permanentemente com, pelo menos, um médio ligado.
Como “cereja” no topo desta mota estava montado um escape Akrapovic que, retirando alguns gramas ao peso do conjunto, produzia uma sonoridade ainda mais viciante nas acelerações canhão que, o rodar do punho direito, proporciona nesta mota.
Apesar disso, a “música” emitida pelo escape, a velocidades de cruzeiro altas, mas constantes, nunca interferiu com o conforto da viagem, nem com o prazer de ouvir música, com qualidade, nos head phones do meu capacete.
A válvula de escape funciona muito bem, só permitindo o “cantar” do motor, em fase de aceleração franca.
Para os que quiserem utilizar esta mota em percursos mais aventureiros, devo deixar aqui uma nota de atenção.
Os grandes radiadores, quer do líquido de refrigeração, quer do óleo, colocados a cobrir toda a zona frontal do motor, sem qualquer protecção, e logo atrás da roda dianteira, estão talvez, perigosamente, demasiado expostos à projecção de pedras, ou outros objectos, lançados pela mesma.
Outra nota de pormenor. Para uma mota que se pretende com vocação touring, seria útil a possibilidade de visualizar, no layout principal do display, a informação da temperatura exterior.
Essa informação está disponível mas, para lá chegar, é necessário percorrer um submenu do computador de bordo, o que não é muito confortável, principalmente, em andamento rápido.
Em contrapartida, a informação que está sempre disponível é a da temperatura do líquido de refrigeração do motor.
Necessidades desportivas!
Mais uma curiosidade desportiva. Numa das possibilidades do “Lay Out” do display, é possível apresentar a opção, “Lap Timer”, onde se podem registar os tempos por volta em circuito, a indicação do melhor tempo, do pior, do tempo médio, do nº de voltas, etc. etc.
Para ser sincero, não tive muito tempo para explorar essa opção, fica para próxima….
Outra coisa de que gostei menos, a dureza da embraiagem.
Eu sei que se usa pouco!!, mas, apesar de muito progressiva, talvez merecesse um controlo hidráulico.
Por enquanto é por cabo….
Faço também aqui uma crítica, comum a todas as BMW’ mas recentes. O comando dos piscas, próprio da BMW, utilizado desde o início dos anos 90 do séc. passado, muito intuitivo e eficiente, foi trocado, em 2010, pelo sistema típico das motas japonesas.
Esta troca, pretendia uniformizar os comandos das motas.
Só que, a cópia presente nesta XR, está mal posicionada ergonomicamente, tornando difícil o comando dos piscas quando se tem a embraiagem premida. Algumas vezes, fui obrigado a utilizar a mão direita para actuar o comando que está no punho esquerdo…..
No entanto, funciona muito bem quanto a desempenho dinâmico, permitindo travagens fortes, sem deformação acentuada da geometria dianteira da mota.
O banco é muito confortável e está desenhado para que, nas acelerações mais fortes, não nos deixe escorregar para trás.
A parte do banco reservada ao passageiro é larga e também confortável, mas está muito mais alta que a do condutor.
Fica como que num 1º andar, expondo o passageiro ao vento frontal.
As pegas do passageiro estão muito bem posicionadas, condição essencial para que o mesmo não fique facilmente para trás, nas acelerações!!
Como já referi, a mota que experimentei tina montado o “Pack Touring” que, para além dos suportes para as malas laterais e top case, também inclui, a suspensão “Dynamic Esa”, com os modos, “Road” e Dynamic”, cruise control, punhos aquecidos, pré-instalação para GPS Navigator V, com roda de comando no punho esquerdo que, à excepção da utilização desta última, também serve para o meu antigo Zumo 660, e descanso central.
Todos estes extras, proporcionam uma melhoria significativa na qualidade de utilização desta mota em viagens mais longas.
Para além daqueles, também estavam montados, piscas com led’s, luzes de condução diurna de led’s e luz de cruzamento automática.
Este pack de luzes é inútil em Portugal pois, apesar de os led’s de condução diurna terem bastante intensidade luminosa e serem bastante visíveis durante o dia, a sua utilização, em alternativa à luz de cruzamento, "médio", é ilegal em Portugal.
Também, o sistema de luz de cruzamento automático não pode ser por cá usado pois, enquanto é de dia, desliga os médios, ligando os led’s diurnos ou os mínimos, situação que não é permitida pela nossa legislação.
Em Portugal, todos os veículos de 2 rodas têm de circular permanentemente com, pelo menos, um médio ligado.
Como “cereja” no topo desta mota estava montado um escape Akrapovic que, retirando alguns gramas ao peso do conjunto, produzia uma sonoridade ainda mais viciante nas acelerações canhão que, o rodar do punho direito, proporciona nesta mota.
Apesar disso, a “música” emitida pelo escape, a velocidades de cruzeiro altas, mas constantes, nunca interferiu com o conforto da viagem, nem com o prazer de ouvir música, com qualidade, nos head phones do meu capacete.
A válvula de escape funciona muito bem, só permitindo o “cantar” do motor, em fase de aceleração franca.
Para os que quiserem utilizar esta mota em percursos mais aventureiros, devo deixar aqui uma nota de atenção.
Os grandes radiadores, quer do líquido de refrigeração, quer do óleo, colocados a cobrir toda a zona frontal do motor, sem qualquer protecção, e logo atrás da roda dianteira, estão talvez, perigosamente, demasiado expostos à projecção de pedras, ou outros objectos, lançados pela mesma.
Outra nota de pormenor. Para uma mota que se pretende com vocação touring, seria útil a possibilidade de visualizar, no layout principal do display, a informação da temperatura exterior.
Essa informação está disponível mas, para lá chegar, é necessário percorrer um submenu do computador de bordo, o que não é muito confortável, principalmente, em andamento rápido.
Em contrapartida, a informação que está sempre disponível é a da temperatura do líquido de refrigeração do motor.
Necessidades desportivas!
Mais uma curiosidade desportiva. Numa das possibilidades do “Lay Out” do display, é possível apresentar a opção, “Lap Timer”, onde se podem registar os tempos por volta em circuito, a indicação do melhor tempo, do pior, do tempo médio, do nº de voltas, etc. etc.
Para ser sincero, não tive muito tempo para explorar essa opção, fica para próxima….
Outra coisa de que gostei menos, a dureza da embraiagem.
Eu sei que se usa pouco!!, mas, apesar de muito progressiva, talvez merecesse um controlo hidráulico.
Por enquanto é por cabo….
Faço também aqui uma crítica, comum a todas as BMW’ mas recentes. O comando dos piscas, próprio da BMW, utilizado desde o início dos anos 90 do séc. passado, muito intuitivo e eficiente, foi trocado, em 2010, pelo sistema típico das motas japonesas.
Esta troca, pretendia uniformizar os comandos das motas.
Só que, a cópia presente nesta XR, está mal posicionada ergonomicamente, tornando difícil o comando dos piscas quando se tem a embraiagem premida. Algumas vezes, fui obrigado a utilizar a mão direita para actuar o comando que está no punho esquerdo…..
Última edição por JoseMorgado em 30 jun 2015 13:03, editado 1 vez no total.
José Morgado
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Re: Teste caseiro à S1000XR
Resumindo, tive oportunidade de experimentar, durante 2 dias e meio, uma mota excepcional, indicada para quem gosta de motas desportivas, de alta performance, mas que considera essencial ter também, conforto, versatilidade e possibilidade de utilização touring.
As performances não chegam a uma S1000RR, estão talvez ao nível da S1000R, nunca experimentei aqueles modelos, mas o conforto, esse sim, já experimentado por mim, está ao nível de uma GS.
Para além de tudo o que estava à espera numa mota com este motor, e que foi por mim confirmado, fiquei espantado com a capacidade de o mesmo poder ser utilizado, desde as muito baixas rotações, com grande prazer de utilização e eficiência.
É o que podemos chamar, um motor “redondo” e “cheio”, o que, acoplado a uma caixa de velocidades curta e de óptima qualidade, pode ser conduzido, em 6ª, entre os 50 km/h e os 20000000….km/h.
Parece quase um motor eléctrico, com música de alta qualidade, claro!
Durante estes dias percorri cerca de 650 km.
Andei em cidade, montanha, estradas nacionais, IP’s, AE’s, com carga, sem carga e, durante uns km’s, poucos, com passageiro.
Como não fiz assim muitos km’s, não precisei de fazer a manutenção da corrente!!
Apesar de alguns “excessos” cometidos, fiz a média de 6,6 l/100 km, de consumo geral de combustível, e consegui andar, com um depósito cheio, 368,4 km.
No entanto, na viagem de regresso a Lisboa, vindo de Pampilhosa de Serra, em que acompanhei sempre, os participantes do Passeio aos Pinhais do Zêzere, do BMW MC, o consumo já foi de 5,5 l/100km.
Valor que deverá ser mais próximo do que seria com o meu estilo de condução normal.
Mais uma vez, quero agradecer ao Filipe Guerreiro e ao Ricardo Antunes, da Motomil, o excelente passeio e a excitante experiência que me proporcionaram. Obrigado.
As performances não chegam a uma S1000RR, estão talvez ao nível da S1000R, nunca experimentei aqueles modelos, mas o conforto, esse sim, já experimentado por mim, está ao nível de uma GS.
Para além de tudo o que estava à espera numa mota com este motor, e que foi por mim confirmado, fiquei espantado com a capacidade de o mesmo poder ser utilizado, desde as muito baixas rotações, com grande prazer de utilização e eficiência.
É o que podemos chamar, um motor “redondo” e “cheio”, o que, acoplado a uma caixa de velocidades curta e de óptima qualidade, pode ser conduzido, em 6ª, entre os 50 km/h e os 20000000….km/h.
Parece quase um motor eléctrico, com música de alta qualidade, claro!
Durante estes dias percorri cerca de 650 km.
Andei em cidade, montanha, estradas nacionais, IP’s, AE’s, com carga, sem carga e, durante uns km’s, poucos, com passageiro.
Como não fiz assim muitos km’s, não precisei de fazer a manutenção da corrente!!
Apesar de alguns “excessos” cometidos, fiz a média de 6,6 l/100 km, de consumo geral de combustível, e consegui andar, com um depósito cheio, 368,4 km.
No entanto, na viagem de regresso a Lisboa, vindo de Pampilhosa de Serra, em que acompanhei sempre, os participantes do Passeio aos Pinhais do Zêzere, do BMW MC, o consumo já foi de 5,5 l/100km.
Valor que deverá ser mais próximo do que seria com o meu estilo de condução normal.
Mais uma vez, quero agradecer ao Filipe Guerreiro e ao Ricardo Antunes, da Motomil, o excelente passeio e a excitante experiência que me proporcionaram. Obrigado.
Última edição por JoseMorgado em 01 jul 2015 10:08, editado 2 vezes no total.
José Morgado
Sócio 55
R65 78
R100R 92
R1100RS 94
R1200RT 07
R90S 74
R65 LS 82
R80 G/S 83
K100 RS 91
R1250 RT 2022
C400 X 2023
Sócio 55
R65 78
R100R 92
R1100RS 94
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R65 LS 82
R80 G/S 83
K100 RS 91
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C400 X 2023
Re: Teste caseiro à S1000XR
Ora ficou aqui uma boa impressão da mota! Parece que a motinha é um espectáculo
Amândio de Aveiro
(da Madeira, mas em Oslo)
A Zarolha - R1150 GS 2000 [2002-2013]
The Red Devil - K1100RS 1995 [2020-...]
(da Madeira, mas em Oslo)
A Zarolha - R1150 GS 2000 [2002-2013]
The Red Devil - K1100RS 1995 [2020-...]
Re: Teste caseiro à S1000XR
Excelente review! Obrigado
Re: Teste caseiro à S1000XR
Fabulosa Mota
João Luis
Sócio do BMW McP nº 541
BMW R 1200 GS
Honda 1100 XX
Sócio do BMW McP nº 541
BMW R 1200 GS
Honda 1100 XX
Re: Teste caseiro à S1000XR
É sempre bom ter em primeira mão reviews da malta que conhecemos, da perspectiva do utilizador comum e não dos profissionais das revistas.
São outros os pontos de vista que o utilizador comum procura, e com este passeio acho que o José Morgado teve uma boa experiência para testar a mota.
Obrigado!
São outros os pontos de vista que o utilizador comum procura, e com este passeio acho que o José Morgado teve uma boa experiência para testar a mota.
Obrigado!
Amândio de Aveiro
(da Madeira, mas em Oslo)
A Zarolha - R1150 GS 2000 [2002-2013]
The Red Devil - K1100RS 1995 [2020-...]
(da Madeira, mas em Oslo)
A Zarolha - R1150 GS 2000 [2002-2013]
The Red Devil - K1100RS 1995 [2020-...]
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