Teste à K1600 Grand America

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JoseMorgado
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Teste à K1600 Grand America

Mensagem por JoseMorgado » 04 nov 2018 01:29

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Após o Teste feito à K1600 Bagger,

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Que pode ser visto em:

Teste à K1600 Bagger

Impunha-se o Teste à K1600 Grand America.

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Que só foi possível com a Simpatia da BMW Motorrad Portugal, que emprestou este espectacular exemplar, Amarelo Austin, (Austin Yellow Metallic), para um passeio pela EN2, que pode ser visto em:

EN2 de Chaves a Faro

Tirando alguma da roupagem exterior, onde o vidro frontal é um pouco maior.

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E o top case, que não existe na Bagger.

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Que dá um aspecto muito imponente à traseira da Grand America.

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Tudo o resto, até a designação exterior, é igual.

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Para a individualização da Grand America, foi colocada no depósito de combustível, uma "chapa" identificativa.

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No "interior", a Grand America é também exactamente igual à Bagger!

O motor.

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Com os mesmos 1.649 c.c., distribuídos por 6 cilindros em linha transversais, apresenta 160 hp e 170 Nm de binário, 70% dos quais, disponíveis logo às 1.500 rpm.

A caixa de velocidades, com as mesmas seis relações.

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E o excelente Assistente de Mudança de Velocidades Pro, Quick Shift, um extra.

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O lindíssimo quadro, em dupla trave de alumínio fundido, com motor autoportante.

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Tudo muito bem integrado pelo conjunto das carenagens inferiores.

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As suspensões, com Duolever e amortecedor central, na dianteira.

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E Paralever na traseira.

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Sensor de posição.

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Tudo muito difícil de ver pelo exterior.

E com os cursos de ambas as suspensões, exactamente iguais aos da Bagger.

Os travões, com sistema Integral Parcial, e Integral ABS Pro.

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Contam com dois discos flutuantes, de 320 mm de diâmetro e pinças fixas de quatro êmbolos, na dianteira.

E disco simples, de 320 mm de diâmetro e pinça flutuante de êmbolo duplo, na traseira.

As rodas, com 3,50 x 17" na dianteira.

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E 6,00 x 17" na traseira, tudo igual à Bagger.

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O Cockpit.

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O painel.

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Aspecto nocturno.

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Com o Computador de Bordo a dar as mesmas informações sobre:

- Consumo Médio
- Consumo Instantâneo
- Autonomia
- Velocidade Média
- Temperatura Exterior
- Pressão dos Pneus
- Cronómetro
- Tempos de Viagem
- Data
- Tensão de Bordo
- Nível do Óleo
- Conta quilómetros parciais, Trip1, Trip2 e Trip Auto

As colunas do sistema sonoro.

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Que nesta Grand America só existiam à frente, ainda que exista um Extra que possibilita a montagem de um Kit, com colunas também no Top Case.

Está presente o mesmo engenhoso, mas eficaz, sistema de encaixe e bloqueio do GPS.

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Que, logo que se desliga a ignição, o vidro frontal baixa, impedindo a retirada do GPS por pessoas "não autorizadas".

Os espelhos, com um atraente design, e muito bem posicionados, continuam muito eficientes na visibilidade que proporcionam para a retaguarda.

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Assim como os piscas dianteiros, de LED.

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E os pesos do guiador, que continuam iguais aos da Bagger.

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Igual é também o "estranho" e volumoso guiador, que suscita todo o tipo de opiniões, sempre pouco abonatórias para a solução proposta.

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Que tal como na Bagger, também causa dificuldades na altura de bastecer com combustível.

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A sua amarração também é feita ao estilo das nineT's, algo estranho para uma K1600.

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Esta Grand America tinha Keyless, um extra comum nestas Motas.

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Os comandos do lado esquerdo.

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Com o comando da Marcha a Trás, "R", e dos faróis suplementares, autonomizados.

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A excelente "rodela" de comando dos Menus do computador e também, do GPS e Rádio.

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Mas que dificulta a utilização do comando dos piscas, "ajaponesado", e que fica assim longe do polegar esquerdo, mas igual ao de todas as BMW, pós 2010.

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O comando de Luzes Diurnas Automáticas.

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Inúteis, porque ilegais, em Portugal.

As manetes, reguláveis no afastamento.

À esquerda.

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E à direita.

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Os comandos do lado direito.

Com o controlo dos Modos de Condução e Fecho Central de todas as Malas.

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O botão da Chamada de Emergência Inteligente.

Uma novidade em relação à Bagger.

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Novo sistema de segurança da BMW, disponível desde o princípio de 2018.

O conjunto de faróis.

Com o sistema de Luz de Condução Diurna, ilegal em Portugal.

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Mas com o excelente Adaptive Xenon, um Extra.

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As dimensões exteriores, a distância entre eixos e o ângulo da coluna de direcção, são também iguais nos dois modelos.

Também são iguais, os 2 tipos de banco disponíveis, o alto e o baixo para o condutor, com as mesmas dimensões do arco interior das pernas.

Os poisa pés são semelhantes aos da Bagger, largos e confortáveis.

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Que, em conjugação com os estrados de descanso dianteiros.

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Permitem o encontrar de várias opções confortáveis, para o posicionamento das pernas do condutor.

Por baixo desses estrados, estão as protecções contra os danos causados por pequenas quedas.

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Na Grand America, os "avisadores" que costumam estar nos poisa pés do condutor, estão nestes "estrados", que por isso são basculantes.

No final deste Passeio, já estavam um bocadinho "comidos".

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E, logo à frente, estão colocados dois potentes faróis suplementares, um de cada lado que, em Portugal, só podem ser legalmente utilizados em situações meteorológicas de deficiente visibilidade.

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As carenagens laterais que protegem as pernas do condutor, tal como na Bagger, são de menor dimensão que as da GT e GTL, e têm um recorte diferente.

Perdem assim os espaços de arrumação que nelas existem.

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Os comandos do Rádio são iguais e estão localizados no mesmo local das restantes K1600.

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Assim como os deflectores que canalizam, quando pretendido, ar fresco para o condutor.

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O Assento é um pouco diferente do da Bagger.

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Mas igualmente confortável.

Com destaque para a parte dedicada ao passageiro.

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Que, potenciada pelo "encosto" proporcionado pela presença do Top Case.

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Com este pormenor.

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E com as bem posicionadas, e generosas pegas.

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Fazem com que o passageiro vá sentado numa verdadeira poltrona.

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As malas são iguais.

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Apesar de parecerem pequenas, têm um volume de armazenagem bastante generoso.

Pela sua forma, não conseguem é albergar todo o tipo de capacetes.

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São forradas interiormente de borracha e contam também com as úteis redes de contenção de pequenos objectos na base, recolhíveis, que assim não os deixam cair para o chão.

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O sistema de tranca e abertura, é semelhante ao das malas das outras BMW Touring.

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Estando na do lado direito, também, o sistema de comando do aquecimento do banco do passageiro, com 2 níveis.

Também deste lado, está a "bolsa" que permite alojar, e ligar, suportes digitais de música, que assim podem ser "utilizados" no sistema multimédia da Grand America.

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Estas malas não são facilmente removíveis.

No rebordo superior interior da mala esquerda, está a patilha que serve para destrancar o banco.

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Que é único.

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E que esconde os sistemas electrónicos, nomeadamente, a plataforma audio e bluetooth, Alpine.

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Os fusíveis, ficha de diagnóstico, bateria, e o kit básico de ferramenta, composto apenas por uma chave de fendas/torx e uma chave torx.

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O banco tem também uma zona para colocar, em segurança, o Manual do Utilizador.

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Para ser totalmente retirado, é necessário desconectar esta ficha, que alimenta o aquecimento do banco.

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Este banco não tem regulação de altura.

Mas a grande mais Valia, e diferenciação da Grand America, é mesmo o seu grande e imponente Top Case.

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Totalmente forrado e "Alcatifado", com abertura hidráulica.

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E iluminação interior LED.

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Cabem à vontade 2 capacetes grandes e muitas outras "coisas".

Assim como acontece com as malas, sem ferramenta, não é possível a sua retirada.

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Pormenor do seu design exterior.

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Duas tomadas de corrente estavam presentes.

Uma na dianteira, ao alcance do condutor.

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E outra junto à traseira do assento, ao alcance do passageiro.

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A Grand America dá nas vistas, desde logo, quando está parada.

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Em Portugal também existe a opção em preto, mais discreta, Black Storm Metallic, mas esta versão, Amarelo Austin, é a mais apelativa.

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Tal como na Bagger, e apesar do elevado peso do conjunto, logo que nos sentamos no banco do condutor, muito baixo, e bem desenhado, podemos imediatamente usufruir de todas as qualidades dinâmicas e tecnológicas presentes.

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Começamos logo pela Marcha a Trás, um dos muitos extras presentes, que se "engata" com o botão "R".

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E se acciona no botão de "arranque".

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Dá uma enorme ajuda, e uma grande "tranquilidade", sempre que é necessário fazer manobras de estacionamento em espaços mais reduzidos e, principalmente, inclinados, mesmo que pouco.

No entanto, tal como a BMW "avisa", é apenas um sistema de "ajuda", que não permite fazer recuar a Grand America em planos de grande declive ou, por exemplo, subir passeios.

Pena é que, apesar de eléctrica, sempre que se aciona a marcha a trás, o regime do motor seja significativamente acelerado, chamando a atenção de quem está à nossa volta.

Mas esta Grand America é feita para andar, principalmente para a frente.

Assim, logo que se engata a 1ª, apesar do "solavanco" inicial, tudo é de uma suavidade impressionante.

A embraiagem, muito leve e progressiva, proporciona um inicio de marcha muito confiante.

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Claro que o baixo centro de gravidade ajuda muito mas, o que mais impressiona, é a disponibilidade deste "enorme" motor, que é grande em capacidade, mas não em tamanho, e que faz jus ao que a BMW anuncia.

75% do binário, logo disponível às 1.500 rpm.

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É assim possível andar a 30/40 km/h, na cidade e no meio do transito, sempre em 6ª e, com grande desenvoltura, sem sermos obrigados a trocar a relação da caixa, acelerar com toda a convicção, até atingir os limites, tudo em 6ª, sem qualquer soluço.

Parece uma Mota "eléctrica", de alto desempenho.

Quando queremos trocar de relação, o Quick Shift ajuda muito, pois trata de tudo com rapidez, eficiência e muita suavidade.

Apesar do "tamanho", e do "peso" da Grand America, parece que estamos a conduzir uma mota muito mais pequena.

Por opção selecionei, quase logo desde o início, o "Modo" de condução Dynamique que permite uma resposta muito enérgica do motor, a qualquer movimento do acelerador.

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Existem também os modos, Rain e Road mas, como por um lado não andei à chuva, e por outro, nas experiências que tenho tido com as K1600, este sempre foi o que me satisfez mais, voltei a seleciona-lo.

Quanto aos modos de amortecimento, estão disponíveis o Cruise, mais suave, e o Road, mais seco.

Na cidade, comecei por usar o Cruise, para ultrapassar melhor as muitas irregularidades do piso de algumas zonas de Lisboa.

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No entanto, logo que entrei nas vias rápidas, foi indispensável passar para o modo Road pois, de outra forma, a condução, principalmente em curva, torna-se algo incerta.

As grandes massas em movimento, e a suavidade das suspensões, nunca se deram muito bem.

Neste contexto, a Grand America revela as grandes qualidades que herdou da Bagger.

O conforto e a eficácia das suspensões, permitem um desempenho muito rápido e seguro, mesmo a velocidades mais elevadas.

A protecção aerodinâmica é muito boa, melhor do que a apresentada pela Bagger, pois o vidro frontal é ligeiramente maior e também eléctrico.

Na cidade, e nas vias circundantes, apesar do peso e do tamanho, é possível atingir num ápice, sempre com grande suavidade, velocidades muito elevadas.

Como já referi, a Grand America acelera quase como uma Mota eléctrica, seguindo também sempre na trajectória escolhida, como que sobre "carris".

Quando "abusamos" um bocadinho mais, e nos aproximamos dos 170 km/h no velocímetro, cerca dos 163 km/h reais, apesar dos 240 km/h que lá estão assinalados, somos confrontados com o corte na injecção, que impossibilita a continuação da aceleração.

Apesar desta característica da Grand America estar Bem assinala pela fábrica, causa sempre alguma surpresa quando aparece.

Foi a solução encontrada para, facilmente, obviar à turbulência que o Top Case, exclusivo desta Mota, causa a velocidades superiores aos 160 km/h.

Ao atingir este limiar de velocidade, a Grand America muda completamente de atitude.

Começa a "oscilar", deixando de apresentar a característica, até aí semelhante à da Bagger, de andar sobre "carris".

Ao fim dos mais de 2.200 km que fiz com a Grand America, este é o único "defeito" que esta excepcional Mota apresenta.

Com as grandes capacidades e qualidades do motor k1600, e a excelente ciclística e dinâmica que a Bagger, que é a "base" desta Grand America, apresenta, é um pouco decepcionante ter tudo a correr muito "Bem" e, de repente, tudo se alterar e complicar.

Um "bocadinho" de trabalho na aerodinâmica, tinha sido muito útil.

Aliás, nos modelos GT e GTL, que têm a mesma base mecânica e ciclística da Grand America, este problema não existe.

No final, só podemos dizer que é uma excelente Mota, feita para Grandes Viagens, que também se dá Muito Bem na Vida Citadina e à volta dela, sempre com Grande Conforto, Segurança e Desempenho, desde que o condutor não pretenda ultrapassar os 160 km/h.

Por último, os consumos de combustível.

Nos 2.200 km que fiz, nem sempre a ritmos suaves e económicos, com muitas "experiências" que não previligiavam os baixos consumos, apresentou uma média de 5,8 l/100km.

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Para uma Mota com estas características de peso, volume e performances, considero que é uma Mota económica.

Muito Interessante!
José Morgado
Sócio 237

R65 78
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R1200RT 07
R90S 74
R80 G/S 83
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amandio
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Re: Teste à K1600 Grand America

Mensagem por amandio » 05 nov 2018 08:28

Como sempre uma grande e impressionante reportagem. Completíssima! :D
Amândio de Aveiro
(da Madeira, mas em Oslo)
A Zarolha - R1150 GS 2000 [2002-2013]
The Red Devil - K1100RS 1995 [2020-...]

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TParente
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Re: Teste à K1600 Grand America

Mensagem por TParente » 13 mar 2019 00:08

Excelente apresentação. É uma mota que dá nas vistas e então nesta cor é formidável. Mas continuo a preferir a GT... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Tiago Parente
Sócio 697
BMW K1600 GT-2018
Honda CBR 1100 XX Superblackbird-2007
Yamaha Thundercat 600-2005

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